sábado, 27 de outubro de 2007

Alavancagem Sustentável

Quais são os reais objetivos de um empresa?
Por muito tempo escutamos as pessoas, especialistas e os próprios empresários afirmarem que o primeiro e maior objetivo de qualquer empresa seria a obtenção de LUCRO.
Na realidade atual, entretanto, observamos uma tendência em se rever senão todos os conceitos, muitos destes, especialmente aqueles ligados aos resultados da ação das Corporações em seu meio ambiente, fruto de um problema global que nos atinge: as condições de sobrevivência de toda espécie viva na face do Planeta! É nesse sentido que podemos incluir a tendência e porque não dizer - necessidade - de revisão dos objetivos de uma organização, sob pena de reduzir, no mínimo, o seu próprio ciclo de vida. Isto apenas como exemplo para não irmos mais longe em nossas elucubrações.
Hoje, uma empresa que não preze por preceitos éticos e sociais também tende a desaparecer com o tempo. O lucro é o combustível que mantém a empresa funcionando porque desperta no empreendedor o desejo de mantê-la em atividade. A partir do momento que o empresário consegue sentir-se realizado através do trabalho de sua organização sem a necessidade de lucros exorbitantes, mas que lhe garantam satisfação, segurança financeira da empresa e de sua vida pessoal além de auto-realização; reduz-se a necessidade de se buscar em fontes externas capital para maximizar os lucros.
Vivemos numa lógica inversa onde as instituições geram uma verdadeira dependência do sistema financeiro. Como o sucesso de um empreendimento ou até mesmo o retorno na aquisição de um ativo do imobilizado para ampliar a produção depende de vários fatores dos quais nem todos estão sob nosso controle; a chance de ocorrer uma alavancagem dos prejuízos também existe.
A rotina diária não nos permite o tempo necessário para desenvolver planejamentos profundos e detalhados a ponto de garantir maiores chances de viabilidade da empreitada. Alguém então dirá com razão: “Neste caso deveríamos planejar nosso tempo para atividades prioritárias”.
O ponto final dessa jornada de maior dedicação às causas importantes da empresa demonstrará que hoje vivemos numa realidade de interdependência e que sem um entendimento mais amplo do contexto que nos cerca não conseguiremos inverter a lógica atual e permaneceremos “presos” a modelos que a experiência nos comprova a cada dia estarem sendo superados e ultrapassados por formas mais equilibradas de intervir no ambiente externo e interno da organização. Veja-se, por exemplo, o surgimento das Cooperativas de Crédito em que os lucros são repassados aos seus clientes que também são acionistas. Perguntamos: Porque os maiores bancos da atualidade não têm agido assim quando seus lucros não param de crescer e bater recordes?
Da mesma forma podemos nos perguntar como podemos, na realidade de cada organização utilizar essa mudança de paradigmas a favor da longevidade? A resposta dessa pergunta, não necessariamente deve ser o repasse de lucros, como no exemplo acima citado.
Pode-se evitar a “armadilha” do sistema financeiro através de planejamentos financeiros internos que contemplem o autofinanciamento da organização. Quando se alega que nem toda empresa terá condições de realizar isso é porque na verdade essas empresas não trabalharam, através do tempo ou ainda não tem tempo de vida suficiente, de maturidade organizacional, para que hoje tivessem as condições ideais para autofinanciar seus projetos.
A melhor alavancagem não é aquela que só dá melhor retorno financeiro. A melhor alavancagem é aquela que dá melhor retorno global. Neste caso, indicamos como opção utilizar recursos próprios e o mínimo de recursos de terceiros. Vale lembrar que sob o ponto de vista da sustentabilidade, tratamos neste caso, apenas de um tipo de recurso: o dinheiro.
Se o segredo de viver bem é gastar menos do que se ganha naturalmente podemos aplicar essa idéia à realidade das empresas.
por: Jeferson Ricardo Spode Flores

domingo, 1 de julho de 2007

Quanto mais gente, mais quente!*

Ontem à noite reuni alguns amigos na minha casa e fizemos um caldo verde seguido por um fondue de chocolate! Hummm, vai aí uma boa dica pra esses dias gelados: reunir pessoas especiais e preparar comidinhas que esquentam!
Infelizmente nem todo mundo tem a oportunidade de ter momentos como esses, por isso, deixo aqui outra dica propícia para o inverno: que tal doar blusas quentinhas e cobertores que poderão esquentar as noites de outras pessoas?
Aqui em São Paulo o clima fica oscilando entre quente-seco e bruscas quedas de temperatura, por isso, não se deixe enganar pelos dias quentes: já é hora de organizar o guarda-roupa e separar as peças para doação.
Todo ano o Governo do Estado organiza campanhas com postos de arrecadação (clique aqui e veja os locais). Mas se você encontra-se em outro Estado, procure se informar que com certeza encontrará instituições, governo ou iniciativa privada organizando campanhas e também organizações precisando de sua ajuda! Visite creches, orfanatos, asilos, hospitais públicos e outros locais.

Isso vai fazer um bem danado...
Doe calor humano e aqueça seu coração!



(*) Esse é o tema da campanha de agasalho de 2007.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Filmes que valem a pena...

The Corporation

Fatos polêmicos, revelações, previsões para as grandes corporações e os efeitos sobre a população mundial. Estrelando 7 CEOs, 3 vice-presidentes, 2 informantes, 1 corretor e 1 espião. Com Michael Moore, Naomi Klein e Milton Friedman.

"A corporação" é uma espécie de filme-documentário que merece ser assistido mais de uma vez, diante das tantas reflexões que acaba suscitando. É bastante dinâmico, com um volume significativo de informações e não há como ficar indiferente com as situações apresentadas. O tema é amplo, justamente porque a proposta e a abordagem do filme vão além do não-convencional, já que no cotidiano não se questiona essa "realidade" já aceita tacitamente.
O que o filme faz com maestria é demonstrar que existem facetas que precisam ser vistas, aceitas e analisadas. Entre críticas, revelações e alguns desmascaramentos, o filme mostra o "lado podre" das corporações e seus efeitos nocivos na qualidade de vida das pessoas, nas sociedades e no meio-ambiente. Muitos não gostaram e não gostarão do filme, mas acredito que a resposta para essa "inquietação" que o filme causa é justamente por não quererem ver, tocar ou cheirar a "poluição" e a "sujeira" corporativa que sempre existiu tão debaixo dos nossos narizes...
No meu entendimento, a grande lição que o filme suscita é a de que precisamos, com urgência, discutir e refletir mais sobre nossa realidade, rever nossas estruturas organizacionais e os modelos econômicos e políticos da nossa sociedade.